Primeiro vencedor espanhol da Indy 500, piloto da Ganassi celebra seu rosto na taça mais icônica do automobilismo e reflete sobre a conquista que mudou sua carreira.
Alex Palou viveu na noite desta quarta-feira mais um daqueles momentos que definem carreiras. O campeão das 500 Milhas de Indianápolis de 2025 tornou-se oficialmente o 112º rosto eternizado no mítico Borg-Warner Trophy — e o 76º piloto a ocupar espaço na história de mais de um século da corrida. Em evento realizado no Commission Row, no centro de Indianápolis, o espanhol revelou sua escultura em prata esterlina, celebrando a vitória que fez dele o primeiro piloto de seu país a vencer o “Greatest Spectacle in Racing”. A conquista também marcou o sétimo triunfo da Chip Ganassi Racing na Indy 500, consolidando o time como a segunda equipe mais vitoriosa da prova.
O processo artístico, conduzido pelo renomado escultor William Behrends, impressionou Palou desde o início. Em entrevista a David Malsher-Lopez da RACER, o piloto destacou a riqueza de detalhes do trabalho: “Ele acertou a linha do cabelo, o nariz, os olhos — e o sorriso. É incrível que ele consiga tanto detalhe em um formato tão pequeno.” Behrends, responsável por todos os rostos do troféu desde 1990, utilizou um modelo em tamanho real para depois criar a miniatura que seria fundida em prata e aplicada ao troféu principal.
A repercussão da vitória ainda reverbera na Espanha, onde Palou relata uma onda de atenção inédita, maior até do que a conquistada com seus quatro títulos da Fórmula Indy em cinco temporadas. “Vai ser legal voltar em dezembro e ver quantos novos fãs ganhamos por lá”, comentou. Mas nenhuma celebração o emocionou tanto quanto a do público de Indianápolis: “Provavelmente foi o melhor dia da minha vida, festejar ali com a equipe, minha família e todos aqueles fãs que ficaram para comemorar.”
O momento decisivo da corrida — a ultrapassagem sobre Marcus Ericsson na volta 187 — segue vívido na memória do piloto. Palou admite que assistiu ao lance inúmeras vezes. “Um detalhe diferente, uma volta antes ou depois, poderia ter mudado tudo”, refletiu ao RACER. Agora, ele carrega não só a confiança de quem sempre teve carros competitivos, mas a certeza de que pode vencer novamente. “Mesmo acreditando que poderíamos ter vencido antes, agora podemos dizer que vencemos.”
Com a aproximação do próximo Mês de Maio, Palou também aguarda outro marco simbólico: a entrega dos Baby Borgs — as miniaturas oficiais do Borg-Warner Trophy, destinadas ao piloto campeão e ao proprietário da equipe, Chip Ganassi. Criado em 1935, o troféu original supera 1,65 m de altura, pesa mais de 50 kg e carrega cada vencedor desde 1911, além de uma homenagem ao antigo proprietário do Speedway, Tony Hulman.
O rosto de Palou, agora eternizado entre lendas, sela um capítulo histórico — e anuncia um novo ciclo de ambição. Em 2026, ele retorna à Indianápolis não apenas como favorito, mas como o homem cujo sorriso metálico dividirá espaço para sempre com os gigantes da Indy 500.


