O Julgamento McLaren vs. Palou: A Batalha Final de US$ 20 Mi

Foto: Penske Entertainment: Paul Hurley

  • Souza
  • 5 de novembro de 2025

O caso McLaren vs. Palou chega ao fim com alegações finais dramáticas, onde a equipe acusa o tricampeão de uma “quebra deliberada” e a defesa alega “mensagens que desapareceram”.

O longo e tenso embate judicial entre a McLaren e Alex Palou atingiu seu clímax. Após cinco semanas no Tribunal Superior de Londres, as alegações finais de ambas as partes foram apresentadas, com a equipe buscando uma indenização de quase US$ 20 milhões do tricampeão da Fórmula Indy, que preferiu permanecer na Chip Ganassi Racing em vez de honrar um contrato com a McLaren.

Do lado da McLaren, o argumento é de um prejuízo claro e calculado. A equipe detalhou um total de US$ 19,57 milhões em danos, quebrando o valor em categorias específicas: US$ 1,3 milhão em salários do piloto, US$ 7,2 milhões em taxas base do patrocinador NTT, US$ 5,8 milhões de outros patrocínios da IndyCar e US$ 4,1 milhões em receitas baseadas em performance. Seu time jurídico foi contundente, classificando a ação de Palou como uma “quebra deliberada, pública e total” dos acordos, cujo impacto financeiro foi “significativo”.

A defesa de Palou, no entanto, ergueu um contra-ataque agressivo. Eles não apenas alegam que nenhum valor é devido, como acusam a McLaren de conduta inadequada. A tese central é a de que Palou foi induzido a acreditar em oportunidades irreais na Fórmula 1 e que a equipe já mitigou suas perdas ao contratar Nolan Siegel – que, segundo a defesa, paga mais à equipe do que Palou teria custado.

O caso ganhou um tom ainda mais dramático com a menção ao uso de mensagens instantâneas que “desaparecem”. A defesa de Palou alega que a McLaren “curou intencionalmente” o registro documental, suprimindo e deletando evidências que poderiam ser desfavoráveis à sua própria alegação. Este ponto pode ser crucial na decisão do juiz, que foi alertado para exercer “extrema cautela” ao considerar a documentação apresentada.

Enquanto o tribunal se retira para deliberar – em um processo que pode se estender até o início de 2026, o mundo do automobilismo aguarda. O veredito não apenas definirá o futuro financeiro de um piloto no auge, mas também estabelecerá um precedente monumental sobre o valor real de um campeão no mercado e os limites dos contratos no esporte a motor. Para os fãs que acompanham os desdobramentos, este é um drama judicial com a velocidade e a tensão de uma volta decisiva em Indianápolis.

Texto baseado na reportagem de Chris Medland para a RACER.

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