Contra o Fantasma da NASCAR: A IndyCar Age com Cautela em Phoenix

Foto: Eddie Rea/IndyCar

  • Souza
  • 8 de novembro de 2025

Scott Dixon e Alexander Rossi voltam ao temido oval do Arizona após sete anos para um teste crucial de pneus, e a missão é clara: garantir um show seguro e espetacular.

Sete anos se passaram desde que os carros da Fórmula Indy rugiram no oval de uma milha de Phoenix. Nesta quinta-feira (06/11/2025), o silêncio foi quebrado pelos motores de Scott Dixon e Alexander Rossi, em um teste de dois dias que é muito mais do que uma mera reapresentação. É uma missão técnica vital para a Firestone, que busca o composto perfeito para o retorno da categoria em março, durante um fim de semana compartilhado com a NASCAR.

A volta a Phoenix não será como antes. Scott Dixon, ao volante de seu Honda #9 da Chip Ganassi Racing, foi direto ao ponto: o carro está “significativamente mais pesado”. O aeroscreen e o sistema híbrido adicionaram o equivalente a um piloto extra em peso, o que muda completamente a equação para os pneus. O cenário foi ainda mais influenciado pelo caótico final da temporada da NASCAR no mesmo local, onde furos sucessivos definiram o campeonato. “Foi insano”, resumiu Dixon, destacando a abordagem cautelosa e inteligente da Firestone.

A estratégia é clara: priorizar a qualidade da corrida, não apenas o desempenho puro. A categoria está testando com “boost baixo” para reduzir a potência e a velocidade, aliviando o estresse sobre os pneus. Enquanto a pole de 2018 foi de 188.5 mph (cerca de 303 km/h), os tempos atuais giram em torno de 21 segundos, o que equivale a aproximadamente 171 mph (275 km/h). A diferença, como explica Dixon, está majoritariamente na potência reduzida propositalmente.

A variedade de compostos, construções e até larguras de pneus testados impressionou o hexacampeão. Ele elogiou a parceria da Firestone, que está buscando um pneu que talvez tenha um pico de aderência seguido por uma degradação mais acentuada – a receita clássica para corridas com boas estratégias e ultrapassagens.

E para os fãs que acompanharão este espetáculo duplo pela Band, Disney+ e ESPN4, a promessa é de um contraste eletrizante. Como o próprio Dixon antecipa, ao comparar com os carros da NASCAR: “Eles vão pensar: ‘caramba, essas coisas são rápidas pra c***e!'”. A velocidade média de um IndyCar em Phoenix deve ser entre 65 e 80 km/h mais alta. Será um retorno triunfante, onde a segurança dos pneus e o espetáculo da velocidade andarão de mãos dadas.

Texto baseado na reportagem de Marshall Pruett para o veículo RACER.

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