Foto: Penske Entertainment: Matt Fraver
A saída de Rob Edwards do comando da equipe de Fórmula Indy não é um adeus, mas uma expansão estratégica que reflete o crescimento do conglomerado TWG Motorsports.
A Andretti Global, uma força constante no cenário do automobilismo, está prestes a viver uma significativa mudança de guarda. Em 2026, Ron Ruzewski, um nome de peso que acumula experiência como engenheiro, estrategista e diretor administrativo na temida Team Penske, assumirá o leme da operação da Fórmula Indy no lugar de Rob Edwards.
Mas calma, isso não é um simples pedido de demissão ou uma saída repentina. É uma promoção estratégica. Edwards, o COO que guiou a equipe com mão firme, será elevado ao cargo de Diretor Executivo de Performance da TWG Motorsports, a holding que controla a Andretti Global. Sua missão agora será muito mais ampla: extrair o máximo de desempenho não apenas da Fórmula Indy e da categoria de acesso Indy NXT, mas também dos programas da empresa na NASCAR, IMSA e, de forma especialmente interessante, na Formula E.
A transição promete ser suave. Ruzewski e Edwards têm um histórico em comum, remontando aos tempos da equipe de Derrick Walker na extinta CART. Não serão dois estranhos tentando se entender, mas dois veteranos reencontrando-se para somar forças. Edwards, em declarações à RACER, não esconde o otimismo, destacando que a expertise de Ruzewski em comandar o dia a dia de uma operação de ponta na Penske é exatamente o que a Andretti precisa para brigar por títulos e vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis.
A verdadeira joia desta história, no entanto, é a perspectiva de carreira que se abre para Rob Edwards. Longe de ser “aterrorizante”, como ele mesmo poderia classificar, esta mudança soa como a realização de um objetivo. Ele revela que um dos motivos para ter se juntado à Andretti foi justamente a diversidade de categorias sob o mesmo teto. Agora, ele tem a chance única de usar suas três décadas de experiência – que incluem desde engenharia até a criação de uma equipe do zero – para fertilizar todos os programas com ideias cruzadas. Ele já vê isso acontecer, citando como conceitos da Formula E foram benéficos para a Fórmula Indy, e vice-versa.
Há, claro, uma mudança sentimental. Edwards deixa o posto de estrategista do carro #26 de Colton Herta, aquele contato direto e visceral com a pista. Ele admite que será diferente, mas vê nisso uma oportunidade para eliminar qualquer percepção de favoritismo e, de fato, focar no sucesso coletivo de todas as equipes do grupo.
E para nós, fãs que acompanhamos pelo, Disney+ e ESPN4, essa reorganização é um sinal claro de saúde e ambição. A Andretti não está apenas trocando peças; está se estruturando como uma potência multidisciplinar do automobilismo mundial. A chegada de um talento como Ruzewski fortalece a briga no grid da Fórmula Indy, enquanto a promoção de Edwards promete elevar o nível de todas as frentes de batalha. É um movimento de mestre, onde todos saem ganhando – especialmente quem aprecia um bom jogo estratégico, tanto dentro quanto fora da pista.
Texto baseado na reportagem de Marshall Pruett para o veículo RACER.