
Foto: Penske Entertainment: Amber Pietz
Dirigentes e pilotos analisam melhorias no IMS e novos compostos da Firestone visando a Indy 500 de 2026
O Indianapolis Motor Speedway voltou a receber atividades de pista nesta semana com um importante teste de pneus da Firestone voltado à Indy 500 de 2026. O ensaio, que também serviu para avaliar o novo pavimento na saída da curva 2, reuniu Pato O’Ward, Alex Palou, Alexander Rossi e Takuma Sato, além de representantes da categoria e da Firestone.
O’Ward, que guiou o Chevrolet nº 5 da Arrow McLaren, elogiou o trabalho feito no asfalto e destacou um dos novos compostos testados.
“A superfície da pista estava ótima, sem qualquer problema”, contou o mexicano ao RACER. “Testamos o pneu de controle, o mesmo da temporada passada, e depois três novos. Tive um favorito — muito melhor em todos os aspectos. Mais equilibrado ao longo do stint, com bem menos vibrações e, no geral, um pneu superior. Foi com ele que fiz o long run no fim do dia.”
Enquanto isso, o atual vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, Alex Palou, representou a Honda no carro nº 10 da Chip Ganassi Racing. O espanhol comemorou o desaparecimento da irregularidade no asfalto da curva 2, que há anos tirava confiança dos pilotos no trecho.
“Com o ressalto que havia na saída da curva 2, quase não tínhamos aderência. Mesmo sendo pequeno, desestabilizava o carro e você perdia confiança, abrindo espaço na volta seguinte”, explicou. “Agora, com o novo pavimento e sem o bump, poderemos andar mais próximos na saída, o que deve tornar a curva 3 mais interessante nas corridas.”
Já Alexander Rossi (Ed Carpenter Racing) e Takuma Sato (Rahal Letterman Lanigan) se concentraram em testes de freios e amortecedores, parte de um estudo técnico conduzido pela categoria.
O’Ward reforçou que o novo composto da Firestone pode ser uma boa base para 2026, principalmente após as mudanças de equilíbrio trazidas pelo sistema híbrido.
“As vibrações foram muito menores. Esse tem sido um grande problema desde o acréscimo de peso na traseira com o sistema híbrido — o carro fica desequilibrado. Com esse pneu, o eixo dianteiro respirou melhor, e o carro ficou mais estável. Não chegamos a andar em grupo para ver o desgaste, mas me parece um ótimo ponto de partida para o próximo ano”, avaliou.
O mexicano participou do teste antes de seguir para o Grande Prêmio do México de Fórmula 1, onde integrará a McLaren no treino livre de sexta-feira (FP1).
Enquanto isso, os testes no IMS continuam com foco técnico: a Firestone segue avaliando o comportamento dos novos compostos em diferentes condições de temperatura, e o circuito passou por inspeção minuciosa após a repavimentação.
Além disso, o presidente do autódromo, Doug Boles, revelou nesta semana que a obra na curva 2 era essencial para garantir a segurança da Indy 500:
“O ressalto vinha crescendo desde 2020, e o calor deste verão empurrou os tijolos ainda mais. Se não resolvêssemos agora, poderíamos enfrentar sérios problemas até maio. Felizmente, tudo correu bem — Pato e Palou confirmaram que a pista está perfeita”, disse Boles.
Os testes técnicos prosseguem até quarta-feira, com a expectativa de definição dos compostos oficiais da Indy 500 de 2026 nas próximas semanas.
Fonte: Marshall Pruett/Racer