Foto: Penske Entertainment: Joe Skibinski
James Roe deixa sua marca em seu primeiro teste na Fórmula Indy e já pede por mais, mas o caminho até uma vaga no grid em 2026 é o próximo grande desafio.
A transição da Indy NXT para a Fórmula Indy é um salto gigantesco, mas para James Roe, a sensação ao sair do cockpit após seu primeiro teste com a Juncos Hollinger Racing foi de pura confirmação. “Um dia incrível”, resumiu o irlandês, que não escondeu a empolgação. Sua vontade era tanta que, ainda na volta de desligamento, ele já suplicou ao dono da equipe, Ricardo Juncos: “Vamos testar amanhã!”.
A sessão na pista mista de Indianápolis foi muito mais do que apenas cumprir voltas. Roe mergulhou de cabeça em um intenso trabalho de desenvolvimento, explorando uma gama de ajustes no chassis que surpreendeu até mesmo o experiente piloto. Seu melhor tempo, 1m11.600s, foi registrado sem usar o sistema híbrido e o “push-to-pass”, um detalhe técnico que mostra um potencial ainda inexplorado e que o deixou na mesma sintonia de Lochie Hughes (Andretti) e não muito atrás do mais rápido da turma de novatos, Mick Schumacher (Rahal).
O que verdadeiramente chamou a atenção, no entanto, foi a maturidade demonstrada dentro do carro. Ricardo Juncos não poupou elogios, destacando a impressionante capacidade de Roe em se adaptar rapidamente ao monoposto e, principalmente, a qualidade de seu feedback para os engenheiros. Ele não apenas pilotava; ele guiava o desenvolvimento, mostrando um entendimento técnico aguçado que é raro em um estreante. Para uma equipe como a Juncos Hollinger, que busca fechar a lacuna de desempenho nas pistas de rua e mistas, a contribuição de Roe foi como ouro.
Agora, o desafio se desloca da pista para o mercado. Com a maioria dos assentos para 2026 já praticamente definidos, o sonho de Roe esbarra na dura realidade do automobilismo. Sua postura, porém, é de total disponibilidade: “Honestamente, aceito o que vier. Mendigos não podem ser exigentes”, afirmou, mostrando pragmatismo. Seja uma vaga apenas para as 500 Milhas de Indianápolis, um programa focado em circuitos mistos ou mais testes, ele está aberto a qualquer oportunidade para se manter na elite.
Este teste serviu como um cartão de visitas brilhante. Roe provou que tem o talento e a atitude mental para prosperar. O próximo passo, mais complexo, é encontrar uma porta que se abra em um grid cada vez mais concorrido. Uma coisa é certa: depois de sentir o gosto da Fórmula Indy, sua fome só aumentou. E para nós, fãs que acompanhamos pelo, Disney+ e ESPN4, é sempre um prazer torcer por essas histórias de determinação que tornam o esporte tão especial.
Texto baseado na reportagem de Marshall Pruett para o veículo RACER.