WILL POWER DEIXA A PENSKE APÓS 17 TEMPORADAS

Foto: Penske Entertainment: James Black

  • Léo "Rock" Alves
  • 2 de setembro de 2025

Chegou ao fim a longa e vitoriosa passagem de Will Power pela Team Penske. A equipe anunciou nesta terça-feira (2) a saída do australiano de 44 anos, que deixa o time após 17 temporadas como seu piloto mais bem-sucedido na Fórmula Indy. O substituto ainda não foi oficialmente confirmado, mas a expectativa é de que David Malukas — contratado no fim de 2024 e “estagiado” pela Penske na AJ Foyt Racing durante 2025 — seja o escolhido.

Power construiu uma carreira monumental com Roger Penske. Foram 42 das suas 45 vitórias na Indy conquistadas com a equipe, além de 65 das suas 71 poles — recorde absoluto da categoria. Também levou à Penske dois campeonatos, em 2014 e 2022 (o último título da organização até hoje), e a glória máxima nas 500 Milhas de Indianápolis em 2018.

“Foi a maior honra da minha vida pilotar para Roger e para toda a organização Penske”, declarou Power. “Conquistamos tanto juntos, e sempre serei grato pelo tempo que passei com o time e pelos companheiros que me apoiaram nessa jornada. Depois de muita reflexão, senti que era o momento certo para uma mudança.”

Dos 108 pódios acumulados em sua trajetória na Indy, 102 vieram a bordo de carros da Penske. Mesmo em sua despedida, Power sai no topo: foi o melhor representante da equipe na temporada 2025, à frente de Josef Newgarden e Scott McLaughlin no campeonato.

Roger Penske também exaltou a importância do piloto em comunicado. “Quando conversamos sobre nosso futuro juntos, Will sentiu que era hora de fazer uma mudança a partir da próxima temporada. Ele foi um piloto e companheiro de equipe extraordinário. Seus resultados falam por si, e desejamos o melhor para ele na próxima fase de sua carreira.”

A relação entre Power e a Penske começou de forma quase acidental em 2009. Na época, Hélio Castroneves precisou se ausentar das duas primeiras etapas do campeonato devido a um processo judicial por evasão fiscal na Flórida. Power assumiu o carro e impressionou: terminou em sexto em St. Petersburg e em segundo em Long Beach. Com o retorno de Castroneves, ainda garantiu presença em mais provas, incluindo um quinto lugar nas 500 Milhas de Indianápolis e uma vitória em Edmonton. Um acidente em Sonoma encerrou sua temporada, mas o desempenho foi suficiente para garantir um contrato em tempo integral no ano seguinte.

A partir de 2010, Power se consolidou como pilar da equipe. Logo em sua primeira temporada completa, venceu cinco corridas — mais que qualquer outro piloto — mas ficou com o vice-campeonato. Em 2011, repetiu a sina: seis vitórias, mas outra vez superado por Dario Franchitti. O tão esperado título viria em 2014, coroando sua perseverança. O segundo veio apenas em 2022, já com mais de 40 anos, prova de sua consistência e longevidade.

No total, Power terminou 13 vezes entre os cinco primeiros do campeonato pilotando pela Penske, marca que o coloca lado a lado com Castroneves entre os maiores da história da equipe.

Quanto ao futuro, tudo indica que o destino de Power será a Andretti Global, para assumir a vaga deixada por Colton Herta. O acordo ainda não foi confirmado oficialmente, mas fontes indicam que o anúncio está próximo.

A saída de Will Power representa muito mais do que a troca de um piloto: é o fim de uma era dentro da Penske. Um profissional que carregou a equipe por quase duas décadas, entregando títulos, vitórias históricas e uma consistência que poucos atingiram. A ida provável para a Andretti mostra que ele ainda tem combustível no tanque, mas também deixa uma dúvida: como a Penske se reestruturará sem seu maior trunfo em tempos recentes? O legado de Power, porém, já está consolidado como um dos gigantes da Fórmula Indy.

Fonte: Team Penske

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