SUSPEITO É PRESO E CAPACETE HISTÓRICO DE GREG MOORE É RECUPERADO

Foto: NICK PROCAYLO

  • Léo "Rock" Alves
  • 18 de setembro de 2025

Peça icônica da vitória no Rio 400 de 1998 havia sido roubada do B.C. Sports Hall of Fame

Um capacete de corrida inestimável, verdadeiro patrimônio do automobilismo canadense, foi finalmente recuperado.

A polícia de Vancouver anunciou nesta quinta-feira (18) que prendeu um suspeito pelo roubo do capacete usado por Greg Moore, piloto canadense da Fórmula Indy, durante sua vitória no Rio 400 de 1998, no Brasil. O item havia desaparecido do B.C. Sports Hall of Fame, onde estava em exposição em caráter de empréstimo permanente da família do piloto.

Moore, nascido em New Westminster e criado em Maple Ridge, era considerado o próximo grande nome do automobilismo canadense até sua morte precoce, aos 24 anos, em um acidente no Marlboro 500 de 1999.

Greg Moore foi um ícone da Colúmbia Britânica, que chegou ao topo do esporte e nos inspirou a todos”, afirmou o sargento Steve Addison, em comunicado oficial. “O roubo de seu capacete afetou a família de Greg, a comunidade esportiva e todos que torceram por ele. Estamos aliviados por realizar essa prisão e devolver a peça ao B.C. Sports Hall of Fame.”

Como foi o roubo e a recuperação

O capacete desapareceu no início de setembro, após ser furtado dentro do museu localizado no B.C. Place. Após analisar imagens de segurança, os investigadores da polícia de Vancouver conseguiram identificar um suspeito e rastrearam o objeto até um prédio na Dunlevy Avenue, no Downtown Eastside da cidade.

No dia 12 de setembro, um homem de 39 anos foi preso. Ele deve responder na Justiça por furto acima de US$ 5.000 e posse de propriedade roubada. Sua próxima audiência está marcada para 19 de novembro.

O curador e diretor de instalações do Hall da Fama, Jason Beck, recolocou o capacete na exposição logo após a recuperação, chamando-o de “uma peça profundamente pessoal e insubstituível da história do esporte canadense”.

A carreira de Greg Moore

Greg Moore começou no kart ainda criança e passou para os monopostos aos 16 anos. Em seis temporadas, disputou 72 corridas da CART, conquistando cinco vitórias, 12 pódios e 33 resultados entre os 10 primeiros.

Ele terminou o campeonato em 7º lugar em 1997 e em 5º em 1998, quando já havia assinado um contrato de três anos e US$ 10 milhões com a Penske, e era apontado como nome certo para migrar para a NASCAR ou para a Fórmula 1.

Moore morreu em Fontana, na última corrida da temporada de 1999, deixando órfão um país que via nele o sucessor de Gilles Villeneuve como referência no automobilismo. Após sua morte, foi criada a Fundação Greg Moore, e ele foi incluído postumamente no Hall da Fama em 2000.

Patrimônio preservado

A recuperação do capacete é celebrada não apenas pela família e pelos fãs, mas também pelo museu, que agora pode manter em segurança um dos itens mais representativos da curta e brilhante carreira de Greg Moore.

Fonte: Stephanie Ip/Vancouver Sun

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