
Foto: Penske Entertainment: James Black
Categoria de acesso da Fórmula Indy terá limite de 24 inscritos, transmissão Xtrac e possível retorno de rodadas duplas no calendário
A Indy NXT by Firestone se prepara para uma profunda reformulação em 2026, buscando equilibrar o crescimento do grid, oferecer mais estabilidade técnica e ampliar as oportunidades de quilometragem para os futuros talentos da Fórmula Indy. A informação foi revelada pela revista RACER.
Grid cheio e teto definido
Assim como a categoria principal adotou um limite máximo de 27 carros, a Indy NXT passará a contar com 24 inscrições fixas. Além disso, cada equipe poderá alinhar no máximo quatro carros.
No entanto, a campeã Andretti Global e a forte HMD Motorsports receberam autorização especial para manter programas de co-inscrição. Na prática, isso significa que a Andretti, com apoio da Cape Indy NXT, seguirá com seis carros, e a HMD, com parcerias com a Cusick Morgan Motorsports e outra equipe, também operará seis inscrições.
A Abel Motorsports deve seguir com quatro carros, enquanto a Chip Ganassi Racing, que retornou em 2025 com dois, planeja dobrar sua estrutura em 2026. Com a volta confirmada da Juncos Hollinger Racing, que terá dois carros, o grid atinge o teto de 24 carros definido pela Penske Entertainment.
Mudança técnica importante
Outro ponto crucial da reformulação será no Dallara IL-15, chassi utilizado pela categoria desde 2015. A atual transmissão de seis marchas da Ricardo, que vinha sofrendo com problemas de reposição de peças, será substituída por um novo câmbio Xtrac de seis marchas, o mesmo fornecedor utilizado pela Fórmula Indy no Dallara DW12.
O sistema contará com troca semiautomática de marchas via aletas no volante, trazendo mais modernidade ao equipamento. O plano é que cada equipe receba uma unidade para o Chris Griffis Memorial Test, agendado para 27 de outubro no circuito de Indianápolis. A produção em larga escala acontecerá após os testes.
Ajustes no calendário
Do lado esportivo, a Penske Entertainment estuda ajustes no calendário. Em 2025, apenas Indianápolis (GP) e Laguna Seca receberam rodadas duplas, mas a tendência é que o formato volte a ser mais frequente em 2026, dando aos jovens pilotos mais quilometragem e experiência antes da transição para a Indy.
Entre as novidades cogitadas, estão:
- Retorno de Long Beach, onde a antiga Indy Lights corria com frequência nas décadas de 1980 e 1990.
- Prova no México, alinhada à possível expansão da IndyCar para o país já em 2026.
- Etapa em Washington, D.C., caso a categoria principal confirme a corrida de rua na capital americana.
Formação reforçada
Com a volta de equipes tradicionais como a Juncos Hollinger Racing e a entrada de novos parceiros como a Cusick Morgan Motorsports, o campeonato de base se fortalece para 2026. A categoria reafirma assim seu papel como principal celeiro de talentos para a Fórmula Indy, agora com regras mais rígidas e uma base técnica modernizada.
Fonte: Marshall Pruett/Racer.com