INDY PREPARA AUMENTO HISTÓRICO NO LEADER CIRCLE

Foto: Penske Entertainment - Chris Jones

  • Léo "Rock" Alves
  • 30 de setembro de 2025

Penske Entertainment projeta maior reajuste desde a criação da iniciativa em 2002

A Penske Entertainment prepara um aumento histórico nos valores pagos pelo Leaders Circle, programa criado no início dos anos 2000 pela família Hulman George para garantir maior estabilidade às equipes da Fórmula Indy.

O objetivo da iniciativa sempre foi claro: evitar que apenas os times grandes concentrassem o dinheiro de premiação e, assim, assegurar a sobrevivência de equipes médias e pequenas. Com o tempo, o Leaders Circle se tornou peça-chave no equilíbrio financeiro da categoria, permitindo que a base do grid tivesse fôlego para competir em todas as etapas.

Como funciona

Na versão atual, os contratos do Leaders Circle são destinados aos 22 primeiros colocados do campeonato de construtores da IndyCar no ano anterior. Desde 2025, apenas as 25 entradas com “charters” — nova estrutura introduzida pela Penske — podem disputar essas vagas. A exceção é a PREMA Racing, que estreou em 2025 fora do sistema.

O valor pago por contrato sempre variou, mas na média se manteve em torno de US$ 1 milhão. Na temporada 2025, o repasse foi de US$ 1,16 milhão por carro classificado.

Aumento em 2026

De acordo com informações obtidas pelo site RACER, a Penske já comunicou às equipes a intenção de acrescentar US$ 500 mil por contrato a partir de 2026. Isso elevaria o valor do Leaders Circle para cerca de US$ 1,7 milhão, representando o maior aumento anual desde a criação do programa em 2002.

O reajuste chega em boa hora. Atualmente, os orçamentos anuais para manter um carro da Indy giram entre US$ 8 e 10 milhões, podendo alcançar US$ 11 a 12 milhões em alguns casos. Até então, o Leaders Circle representava 14% do orçamento médio, mas com o salto previsto para 2026, a contribuição pode chegar a 20% nos times de menor custo e cerca de 17% para os de maior investimento.

Impacto estratégico

O aumento é visto como fundamental para que as equipes possam lidar com a escalada de gastos na categoria, marcada por maior sofisticação tecnológica, custos logísticos crescentes e a necessidade de atrair pilotos de alto nível.

Mais do que um ajuste contábil, trata-se de um movimento estratégico da Penske Entertainment — que recentemente vendeu 33% da IndyCar e do Indianapolis Motor Speedway para a Fox Corporation — para reforçar a competitividade e a sustentabilidade do grid.

Se confirmada, a medida não apenas fortalece o ecossistema da Fórmula Indy como também sinaliza que, mesmo diante da pressão financeira, a categoria busca garantir estabilidade para todos os seus participantes, do topo ao fim do pelotão.

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