Foto: Penske Entertainment: James Black
Equipes enfrentam maratona de cinco corridas em quatro fins de semana sob calor e desgaste extremo
Julho na Fórmula Indy não é para os fracos. Enquanto os holofotes brilham sobre os pilotos, são os mecânicos, engenheiros e equipes de apoio que enfrentam o verdadeiro teste de resistência: cinco corridas em quatro fins de semana, cruzando os EUA e Canadá sob calor sufocante e horas intermináveis de trabalho.
A maratona começa em Mansfield, Ohio, segue para a rodada dupla em Iowa, depois salta para Toronto e termina na clássica Laguna Seca, na Califórnia. Para as equipes, é um mês de viagens frenéticas, montagem e desmontagem de boxes, noites maldormidas e um esforço físico que rivaliza com o dos atletas nas pistas.
Equipes em Modo “Turnê de Rock”
Como uma banda em turnê, as equipes chegam, descarregam toneladas de equipamentos, montam seus “palcos” nos pits e repetem o ritual semana após semana. A diferença? Em vez de guitarras, lidam com motores turbinados; em vez de shows noturnos, enfrentam sol escaldante e trajes à prova de fogo.
Kyle Kirkwood, da Andretti Global, resume: “Esses caras vão trabalhar como loucos por mais de três semanas seguidas. São horas brutais—acordar às 6h, sair às 20h, repetir no dia seguinte. E ainda têm que deixar famílias para trás.”
Desafio Físico e Mental
Scott Harner, da Arrow McLaren, compara o mês a uma prova de resistência. A equipe conta até com um especialista em desempenho humano para monitorar hidratação, alimentação e descanso—algo essencial quando se lida com calor extremo e estresse acumulado.
Felix Rosenqvist, da Meyer Shank Racing, brinca que vira “mãe” da equipe: “Fico no pé do pessoal para beber água e fazer pausas. Um fim de semana a 35°C já desgasta, imagina um mês inteiro?”
O Cálculo de Kirkwood no Campeonato
Com 93 pontos atrás de Alex Palou, Kirkwood sabe que precisa arriscar, mas sem colocar o carro (e a equipe) em perigo. “Se eu bater em Ohio, a equipe passa a semana consertando o carro e chega esgotada em Iowa. É um equilíbrio delicado.”
A Recompensa no Fim do Inferno
Mitch Davis, da Dale Coyne Racing, chama o período de “marcha da morte”, mas lembra que, após Laguna Seca, há uma semana de respiro—tempo para ver a família, pescar ou, no caso de seu filho (que trabalha na McLaren), finalmente usar o barco.
Onde Acompanhar
Não perca essa maratona pela TV Cultura (Site e CulturaPlay), Disney+ e ESPN4. Será um mês de suor, estratégia e pura resistência—um tributo ao trabalho invisível que move a Fórmula Indy.
Opinião:
Julho é o mês que separa as equipes profissionais das excepcionais. Enquanto os pilotos duelam nas pistas, o verdadeiro campeonato acontece nos boxes—onde cada parafuso apertado, cada pit stop e cada noite maldormida define quem chegará forte à reta final. Quem vencerá essa batalha silenciosa? A resposta começa a ser escrita agora.
(Fonte: Marshall Pruett – RACER)