Suspensão em xeque, Dallara age após falha em Detroit

Foto: Penske Entertainment: Joe Skibinski

  • Souza
  • 4 de junho de 2025

Falha no suporte da suspensão de Louis Foster gera alerta técnico e expõe desafios da Fórmula Indy

O acidente assustador de Louis Foster no GP de Detroit não foi apenas mais uma batida forte na Fórmula Indy. Foi um alerta técnico que fez a Dallara, fabricante do chassi DW12 usado por todas as equipes, emitir um comunicado urgente. O motivo? A falha catastrófica de um suporte interno da suspensão dianteira do carro do piloto da Rahal Letterman Lanigan Racing (RLL), que se rompeu a 290 km/h e o lançou contra o muro e, em seguida, no carro de Felix Rosenqvist.

Felizmente, Foster saiu ileso, mas Rosenqvist sofreu um ferimento no joelho e precisou de avaliação médica antes de ser liberado. Já o prejuízo material foi pesado: o chassi #45 da RLL foi destruído (o segundo da equipe em dois meses, após o acidente de Takuma Sato nos testes de Indianápolis). O carro da Meyer Shank Racing, por sorte, escapou de um destino pior, mas os reparos podem custar mais de US$ 250 mil.

O que quebrou?

O problema está em um suporte interno da suspensão, que usa porcas especiais (K nuts) soldadas para agilizar ajustes de geometria. No caso de Foster, a porca se soltou do suporte, arrancando também o suporte externo e colapsando a suspensão. A falha interrompeu uma das vantagens do sistema: a rapidez nas mudanças de regulagem, essencial em uma categoria onde cada segundo no pit lane conta.

Algumas equipes já decidiram trocar todos os suportes por peças novas, enquanto outras optaram por inspeções rigorosas antes de reutilizá-los. A Dallara não impôs uma recall, mas o aviso técnico deixa claro que a confiabilidade desses componentes agora está sob os holofotes.

O equilíbrio entre velocidade e segurança

O sistema com porcas soldadas é um facilitador operacional — sem ele, as equipes perderiam tempo desmontando painéis internos para ajustes. Mas o incidente em Detroit levanta a questão: até que ponto a praticidade pode conviver com a segurança em um carro que atinge 300 km/h?

Enquanto isso, a Fórmula Indy segue sua temporada, com transmissões pela TV Cultura, ESPN4 e Disney+. E, claro, com um novo tópico para as conversas nos boxes: como evitar que um problema isolado vire uma tendência.

E aí, torcedor: a Dallara deveria impor mudanças obrigatórias no design ou confiar no critério das equipes?  🏁

Fonte: Marshall Pruett (RACER)

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