Foto: Penske Entertainment: James Black
Pilotos elogiam desempenho dos compostos da Firestone e apontam Road America como exemplo para o futuro
Em uma temporada onde o desgaste excessivo ou a durabilidade exagerada dos pneus transformou algumas corridas em verdadeiros desfiles, Road America mostrou que o equilíbrio existe — e pode render boas disputas. Ao contrário de outras etapas, o XPEL Grand Prix teve ultrapassagens ousadas, linhas alternativas e pilotos satisfeitos com o comportamento dos compostos fornecidos pela Firestone.
“Eu não sei o que a Firestone fez, mas acho que o fato de quase não termos marbles [fragmentos de borracha] na pista ajuda demais na corrida”, destacou Felix Rosenqvist, segundo colocado com a Meyer Shank Racing. “Você pode sair do traçado ideal na reta sem encontrar sujeira, consegue frear bem fora da linha — isso é superlegal. Foi um trabalho muito bom da Firestone. Acho que eles acertaram em cheio.”
Rosenqvist não foi o único a fazer elogios. O terceiro colocado, Santino Ferrucci, que representou a AJ Foyt Racing com um desempenho sólido, seguiu a mesma linha de pensamento.
“Acho que a Firestone fez um excelente trabalho neste fim de semana. Esse circuito poderia servir como uma espécie de referência para o que deve ser feito em termos de compostos”, comentou.
Já o vencedor da prova, Alex Palou, trouxe à tona exemplos concretos de situações em que o bom desempenho dos pneus fez diferença na pista.
“Não foi tão ruim. Eu consegui ultrapassar duas vezes por fora na Curva 1 — o que normalmente é impossível. E no carrossel, mesmo sem conseguir passar, deu para me posicionar bem e pressionar na Curva 12. Isso ajuda demais, ajuda a categoria, porque permite que a gente use várias linhas na pista. Quando só existe um traçado possível, tudo fica mais difícil.”
Menos sujeira, mais espetáculo
O ponto em comum nos depoimentos dos três protagonistas da corrida foi o baixo acúmulo de marbles, o que permitiu disputas fora do trilho principal — algo raro em provas com pneus que se desfazem rapidamente. Quando isso acontece, os pilotos evitam manobras ousadas por medo de perder aderência fora do traçado ideal.
Ao adotar um composto que atinge temperatura rapidamente, mas sem perder performance em poucas voltas, a Firestone acertou o alvo. A prova é que tivemos ultrapassagens decisivas em curvas de alta e de baixa, tanto por dentro quanto por fora, com pilotos se sentindo seguros para atacar e defender.
Para uma temporada que ainda alterna grandes corridas com eventos mornos, o exemplo de Road America acende um alerta positivo: é possível encontrar o ponto ideal de equilíbrio entre desempenho e durabilidade. A Firestone, segundo os pilotos, mostrou o caminho.