Decisão afeta chassi, motores e abre incógnita sobre permanência da Honds
O aguardado novo carro da Fórmula Indy só deve estrear em 2028. A confirmação oficial foi feita nesta quinta-feira (12) por um porta-voz da Penske Entertainment ao site RACER, encerrando as especulações sobre um possível adiamento do pacote técnico que originalmente estava previsto para 2027.
A decisão foi tomada por necessidade, e não por vontade, segundo a reportagem assinada por Marshall Pruett. Embora o novo chassi da Dallara esteja no cronograma, as regras finais para os novos motores a combustão e para o sistema de recuperação de energia ainda não foram finalizadas. Como os programas de motor da Chevrolet e da Honda exigem pelo menos 18 meses de desenvolvimento e testes antes de disponibilizarem mais de 50 unidades cada, o tempo já é considerado apertado para um lançamento seguro em 2027.
A mudança de calendário abre um desafio contratual importante: os atuais motores V6 biturbo de 2,2 litros têm fornecimento garantido apenas até o fim da temporada 2026. Agora, será necessário estender por mais um ano os contratos de leasing com as equipes. A Chevrolet já sinaliza que está disposta a continuar em 2027 e além. A Honda, no entanto, ainda não definiu seu futuro — e rumores de uma possível migração para a NASCAR voltam a ganhar força.
Se a Honda sair, a Chevrolet teria que sustentar sozinha a temporada de 2027, em um cenário que envolveria congelamento no desenvolvimento dos motores atuais após 2026. Isso permitiria às fabricantes direcionar recursos para o novo regulamento de 2028.
A entrada de novas marcas também segue em aberto. Embora nomes como Nissan, Porsche e Toyota sejam mencionados nos bastidores, nenhum deles confirmou participação. A esperança da categoria é que a finalização do regulamento técnico e uma análise mais clara sobre custos e retorno de marketing atraiam novos interessados.
Para a Indy, o adiamento de um ano pode ser estratégico. Garante tempo para amadurecer o projeto e atrair mais competitividade técnica, ao mesmo tempo que desafia os bastidores com a indefinição sobre a permanência de um de seus principais parceiros históricos. A próxima grande decisão será da Honda. E dela pode depender o futuro imediato da Fórmula Indy.