Foto: Penske Entertainment: Matt Fraver
O neozelandês Scott McLaughlin, da poderosa Team Penske, se tornou o quinto piloto a sofrer um forte acidente desde sexta-feira no oval de Indianápolis. O impacto aconteceu no treino do Fast 12, no domingo, e impediu o atual pole position das 500 Milhas de 2024 de disputar novamente a posição de honra. Apesar da violência do acidente na curva 2, McLaughlin saiu ileso — mas abalado.
Antes do susto, o piloto do carro #3 havia sido o mais rápido da sessão, com uma volta a impressionantes 233,553 mph (aproximadamente 375,8 km/h). A batida, porém, foi inevitável: com o carro traseiro instável, McLaughlin perdeu o controle e foi ao muro em uma cena parecida com o acidente de Colton Herta no sábado. O carro chegou a sair do chão.
“Estou bem. Só estou realmente, realmente, realmente, realmente triste por todos da Penske, pelos caras do carro 3, do 2, do 12, por todo mundo que constrói esses carros”, disse o piloto à RACER. “Ele estava conversando comigo, eu senti e devia ter tirado o pé. Mas você tenta completar a volta para entender como é. Valeu o risco? Provavelmente não. Estou incrivelmente triste.”
O chassi danificado era o mesmo com que McLaughlin conquistou a pole em 2024. Para a sequência do fim de semana, a Penske confirmou que o carro será substituído por um chassi novo, como já haviam sido os dos carros #2 e #12. Ainda não se sabia, até o fechamento desta matéria, se McLaughlin participaria do pole day — caso contrário, largará da 12ª posição.
“Você só tem que seguir em frente”, disse. “Se conseguirem montar um carro para mim, ótimo. Tenho a melhor equipe dos boxes. Estou arrasado por eles. Eu destruí o carro. É difícil de aceitar, especialmente agora. Você gostaria que fosse por algo, mas foi por nada, só treino. No fim das contas, essas são as decisões que você toma a essa velocidade, e eu decidi continuar a volta. A culpa é minha.”
A batida de McLaughlin lança luz sobre um dilema sempre presente na Fórmula Indy, especialmente no mês de maio: onde termina a busca pela perfeição e começa o risco injustificável? Num grid em que milésimos fazem a diferença e a média de velocidade para largar entre os primeiros supera os 375 km/h, a margem para o erro é mínima — e o preço, alto. O que McLaughlin perdeu em tentativa de performance, talvez tenha ganhado em respeito, por ter assumido a responsabilidade sem desculpas.
A sessão do Fast 12 e toda a programação da Indy 500 têm transmissão ao vivo para o Brasil pela TV Cultura (site e app), Disney+ e ESPN4.