Foto: Penske Entertainment: Joe Skibinski
Com equilíbrio entre compostos e menos desgaste, fornecedora agrada pilotos e abre caminho para uma corrida estratégica no domingo
Em meio à previsão de chuva para o sábado, a sessão de treinos de sexta-feira pode ter sido a única chance real para os times da Fórmula Indy entenderem os pneus da Firestone para o GP do Alabama. E, até agora, o veredito inicial é promissor: os compostos mostraram equilíbrio e geraram opiniões positivas entre os pilotos.
A Firestone trouxe para Barber uma combinação já conhecida: o pneu alternativo (vermelho) é o mesmo usado na temporada passada, mas o pneu primário (preto) foi ajustado — mais duro, com foco em durabilidade. A expectativa era que houvesse uma diferença acentuada entre os dois compostos, como visto nas primeiras corridas do ano. No entanto, os relatos sugerem um cenário mais parelho.
“Parece tudo bem normal pra mim”, disse Colton Herta, da Andretti. “Bem parecido com o que a gente já usava aqui antes da introdução do sistema híbrido. Os pneus vermelhos não mudaram, mas os pretos sim. Ainda assim, não parece que os pretos vão se degradar tanto ao longo de um stint. Imagino uma corrida parecida com a do ano passado, em termos de estratégia.”
Já Alex Palou, que ficou em segundo na sexta-feira, vê o cenário de forma diferente — e até com entusiasmo.
“Vai ter uma diferença grande, o que é bom”, disse o espanhol da Ganassi. “Os primários não são muito bons em aderência. Comparando os dois, eles não duram mais e ainda têm menos grip. Pode ser que os vermelhos acabem de repente, mas até agora, estão muito mais rápidos e aguentando bem. Isso é animador.”
Palou também comentou sobre a adaptação dos carros ao novo conjunto híbrido. Em 2025, os monopostos da Indy carregam cerca de 45 kg a mais (100 libras) em relação ao ano anterior — o que, teoricamente, poderia comprometer o comportamento em curvas rápidas, como as de Barber. Mas, na prática, a surpresa foi positiva.
“Achei que ia ser pior, sinceramente”, admitiu Palou. “Por ser uma pista tão rápida, com compressões fortes, achei que o peso ia atrapalhar muito. Mas foi tranquilo. Sim, o carro parece meio ‘preguiçoso’ em algumas curvas, mas não é nada do tipo ‘meu Deus, não dá pra guiar’.”
Com base nesse início de fim de semana, a expectativa é de uma corrida no domingo com estratégias variadas — e uma disputa tática entre conservar pneus duros e explorar ao máximo os vermelhos. Se a chuva não embaralhar tudo, a performance dos compostos deve ser o ponto-chave da prova.