FIRESTONE AJUSTA A PNEUS VISANDO ASFALTO “MOEDOR” DE BORRACHA DE THERMAL.

Foto: Penske Entertainment: James Black

  • Léo "Rock" Alves
  • 18 de março de 2025

Fórmula Indy Ajusta Alocação de Pneus para o Desafiador The Thermal Club


Conhecido como o “ralador de queijo” dos circuitos, o traçado californiano exige mudanças na estratégia de pneus para a primeira corrida válida pelo campeonato.

O The Thermal Club, localizado no Vale de Coachella, na Califórnia, é um dos circuitos mais desafiadores do calendário da Fórmula Indy. Com uma superfície que parece um “ralador de queijo”, o traçado de 3,067 milhas é famoso por desgastar pneus em um ritmo acelerado. E, com a primeira corrida válida pelo campeonato marcada para este fim de semana, a IndyCar e a Firestone precisaram ajustar a alocação de pneus para garantir um espetáculo equilibrado e estratégico.

Mudanças na Estratégia de Pneus


Em St. Petersburg, a temporada começou com uma nova política de distribuição de pneus: cinco conjuntos dos compostos mais macios (alternates) e cinco dos mais duráveis (primaries). No entanto, para enfrentar o desgaste extremo do The Thermal Club, a IndyCar decidiu voltar a uma alocação mais conservadora: seis conjuntos de primaries e quatro de alternates. A mudança visa oferecer mais opções duráveis para as equipes, já que a superfície do circuito consome os pneus em um ritmo alarmante.

Cara Krstolic, engenheira-chefe da Firestone, explicou que a decisão foi tomada após um pedido da IndyCar para aumentar a diferença de desempenho entre os compostos. “Queríamos que os macios realmente se desgastassem, em vez de durar uma volta inteira, o que não proporcionaria uma boa corrida,” disse Krstolic à RACER.

No caso do The Thermal Club, a Firestone optou por uma abordagem diferente: em vez de tornar os macios ainda mais macios, a empresa focou em aumentar a durabilidade dos duros. “Estamos dando mais resistência e tolerância à temperatura aos primaries, mantendo uma diferença clara entre os compostos, mas sem o nível extremo de desgaste visto em St. Petersburg,” explicou Krstolic.

O Desafio do Híbrido e do Peso Extra


Outro fator que influencia a estratégia de pneus em 2025 é a introdução do sistema híbrido na Fórmula Indy. Com os carros agora 105 libras mais pesados devido às unidades de recuperação de energia (ERS), os pneus precisam lidar com uma carga adicional. No ano passado, durante a corrida exibição no The Thermal Club, os carros eram mais leves, o que resultou em um desgaste menor. Agora, com o peso extra e a potência adicional do híbrido, a degradação dos pneus deve ser mais acentuada.

“O carro de 2025 é completamente diferente,” destacou Krstolic. “Com o peso do híbrido e seu desempenho, veremos uma resposta diferente dos pneus. Os alternates vão sofrer bastante, mas ainda teremos um produto competitivo para a corrida.”

Feedback dos Pilotos e Próximos Passos


Os pilotos tiveram opiniões mistas sobre os alternates em St. Petersburg. Enquanto alguns acharam o desgaste excessivo, outros entenderam a necessidade de criar estratégias variadas durante as corridas. “O objetivo da IndyCar era ter um pneu que se desgastasse rapidamente para influenciar as estratégias de corrida,” explicou Krstolic. “Levamos o feedback dos pilotos a sério, mas também consideramos a visão geral da IndyCar para a qualidade da corrida.”

Após o The Thermal Club, a Fórmula Indy segue para Long Beach, onde a alocação de pneus voltará a ser cinco conjuntos de cada composto. A expectativa é que o desgaste rápido dos alternates continue a ser um tema central ao longo da temporada.

Um Fim de Semana para Ficar de Olho


Com a superfície desafiadora do The Thermal Club e as mudanças na estratégia de pneus, a corrida deste fim de semana promete ser emocionante. Será que os pilotos conseguirão administrar o desgaste e surpreender nas estratégias? Acompanhe tudo pela TV Cultura, ESPN4 e Disney+ e descubra quem vai dominar o “ralador de queijo” da Fórmula Indy!

Referência: RACER, por Marshall Pruett.

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