Vamos falar sobre a PREMA Racing e sua ousada entrada na Fórmula Indy. A equipe, que tem dominado as categorias de base na Europa, finalmente chega à maior série americana de monopostos com um potencial que, à primeira vista, pode fazer barulho. Testes privados recentes em janeiro com Andretti Global e Dale Coyne Racing no Thermal Club indicaram que a PREMA não está brincando em serviço, mesmo com algumas mudanças inesperadas, como a saída de Michael Cannon, chefe de engenharia, pouco antes do início da temporada.
O que chamou a atenção, logo de cara, foi a performance de Robert Shwartzman. Campeão da F3 FIA com a PREMA, o piloto israelense-russo fez sua estreia na Fórmula Indy com um desempenho impressionante, ficando a apenas 0,175 segundos do tempo mais rápido, de Marcus Ericsson, que foi o líder do teste. Apesar de ser prematuro sugerir que Shwartzman vá brigar pela pole em sua estreia, como Robert Wickens fez em 2018, ele parece estar no caminho certo para se tornar um dos novatos mais competitivos da série nos últimos anos.
O mesmo vale para a PREMA, que claramente fez o dever de casa. Em 54 voltas, Shwartzman mostrou que tem a rapidez necessária, enquanto seu companheiro de equipe, Callum Ilott, não ficou muito atrás, apesar de alguns problemas iniciais com o carro. Com o time fazendo um bom número de voltas e sem grandes dificuldades, o teste demonstrou que as dores de crescimento são mínimas.
Quanto a Andretti Global, a saída de um dos carros da sua frota de quatro para três parece ter surtido efeito positivo, com Colton Herta e Kyle Kirkwood alcançando seus melhores desempenhos na temporada passada. A chegada de Ericsson, no entanto, foi mais lenta do que se esperava, com o sueco terminando em 15º na temporada passada. Mas ele parece estar se ajustando bem a sua nova equipe, superando Kirkwood por uma margem mínima nos testes. Com a adição de mais músculo e foco durante a offseason, Ericsson parece pronto para melhorar sua performance em 2024.
Por outro lado, Jacob Abel, novato da Dale Coyne Racing, teve um papel mais exploratório, com foco em familiarizar-se com a equipe e o carro, enquanto trabalhava em detalhes como paradas nos boxes e comunicação com a equipe. Embora ele tenha ficado atrás no tempo, seu trabalho era mais de adaptação do que de competição no teste.
Em resumo, a temporada de 2025 promete ser cheia de novidades. Com a PREMA Racing se estabelecendo como uma equipe forte desde o início, podemos esperar um campeonato emocionante, com novatos competindo de igual para igual com veteranos. O primeiro grande teste será em Sebring, nos dias 17 e 18 de fevereiro, e será a oportunidade perfeita para ver o desempenho completo da temporada antes da abertura oficial em St. Petersburg, no início de março.
Agora, a expectativa fica por conta de como as novas forças na Fórmula Indy vão se comportar frente aos gigantes estabelecidos, e se Shwartzman e seus companheiros podem realmente desafiar os favoritos logo no primeiro ano.