NÃO É UM JOGUINHO!

  • Léo "Rock" Alves
  • 24 de janeiro de 2025

Simulador da Honda: Um “Game Changer para a Fórmula Indy

Pode até parecer um videogame de última geração, mas o novo simulador da Honda Racing Corporation USA (HRC) está longe de ser brincadeira. Com tecnologia de ponta e dados ultra-realistas, essa ferramenta se tornou indispensável para as equipes da Fórmula Indy que utilizam motores da montadora japonesa.

Se antes os simuladores já eram peças-chave na preparação de pilotos e engenheiros, o novo sistema da Honda, inaugurado em maio passado em Indianápolis, eleva essa estratégia a outro patamar. E não sou eu quem está dizendo: Kyle Kirkwood, piloto da Andretti Global, cravou que este é “o melhor simulador” que já usou. Para quem conhece os desafios da categoria, essa declaração não é pouca coisa.

A diferença é clara. O novo Driver-in-the-Loop (DIL) Simulator substitui a versão de 2013 e traz melhorias que fazem dele uma verdadeira extensão dos carros da categoria. Rotação completa de 360 graus, visão de 270 graus em uma tela de 30 pés de largura e um sistema de telemetria que registra até 1.5 MB de dados por segundo – tudo isso para proporcionar a experiência mais próxima possível da realidade.

E a Fórmula Indy não perdoa quem não se prepara bem. A imprevisibilidade do clima e a variedade de circuitos tornam esse tipo de ferramenta essencial para pilotos como Scott Dixon, um veterano seis vezes campeão da categoria, que admite ter aprendido muito com o novo simulador.

O ganho para as equipes vai além da performance dos pilotos. Com as restrições de testes de pista e os altos custos operacionais, o simulador se tornou uma forma mais eficiente e barata de experimentar diferentes configurações de chassis, simular mudanças de pista e testar variações aerodinâmicas. E, claro, é uma ajuda extra para novatos como Kyffin Simpson, que utilizou a tecnologia como um atalho para entender os desafios da categoria.

Outro nome que virou frequentador assíduo do HRC Simulator é Alex Palou, atual tricampeão da Indy. O espanhol, que busca um feito histórico de três títulos seguidos, sabe que a diferença entre vitória e derrota está nos detalhes. E no nível competitivo da Indy, qualquer vantagem, mesmo que virtual, pode fazer a diferença na pista real.

No fim das contas, o recado é claro: quem não abraçar a tecnologia, vai ficar para trás. Se o novo simulador da Honda já está redefinindo os padrões de preparação na Indy, só podemos imaginar onde essa evolução ainda vai chegar. Uma coisa é certa: a Fórmula Indy pode até ter raízes clássicas, mas o futuro da categoria está cada vez mais digital.

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